"Como volta não volta eu sou alvo destas críticas diretas por parte do primeiro-ministro, sem a possibilidade de um debate franco, honesto e profundo sobre esta matéria, entendi convidar, desafiar, o primeiro-ministro e os órgãos de comunicação social a organizar um debate público sobre esta matéria", disse Assunção Cristas aos jornalistas no parlamento.
A presidente do CDS-PP questionou hoje o primeiro-ministro no debate quinzenal sobre os preços praticados na "renda acessível" e foi acusada por António Costa de ter provocado conscientemente, apesar dos avisos, uma "calamidade social" com a lei do arrendamento.
"Sobre habitação é melhor nem falarmos porque recordo-me bem o que, como presidente da Câmara Municipal de Lisboa, fui ao seu gabinete, e o desprezo com que me recebeu a mim e à senhora deputada Helena Roseta, e ignorou tudo o que lhe dissemos que ia acontecer e a calamidade social que a senhora criou", afirmou António Costa.
Com o debate preparatório do Conselho Europeu ainda a decorrer, Assunção Cristas foi aos Passos Perdidos do parlamento falar à comunicação social para lançar o desafio a António Costa de um debate público.
"Para que eu e o primeiro-ministro possamos esclarecer, apresentar os dados, os factos e verificar que a dita calamidade pública a que o primeiro-ministro se refere, não existe, não aconteceu e, que, pelo contrário, há muitos sinais positivos desta reforma que é bom que sejam conhecidos e evidenciados", disse a presidente do CDS sobre os objetivos desse debate.
A líder do CDS disse saber "muito bem" o trabalho que fez e o contexto em que foi feito.
"Sei muito bem as alterações de circunstâncias que aconteceram no nosso país depois dessa reforma, também sei o trabalho que António Costa fez ou não fez enquanto presidente de Câmara na altura", declarou.
Comentários