"Quando Portugal se prepara para entrar num novo ciclo político, é chegado o momento de, uma vez por todas, a Saúde Oral ser integrada nas políticas públicas de saúde, educação e ação social, com medidas concretas para combater as desigualdades no acesso a cuidados", lê-se no comunicado, onde é realçado que "a Organização Mundial da Saúde estabeleceu metas globais para 2030, incluindo garantir que 80% da população tenha acesso a serviços essenciais de saúde oral e reduzir a prevalência das principais doenças orais em 10%".

"Investir na saúde oral é investir no bem-estar, na economia e na coesão social. A saúde oral não pode continuar a ser um tema secundário nas políticas públicas. Quem pretende liderar o País e as autarquias tem de assumir um compromisso e assumir as responsabilidades pelo falhanço das atuais políticas", afirma Miguel Pavão, bastonário da OMD.

"No plano local, a OMD desafia as autarquias a incluir nas respetivas estratégias municipais de saúde medidas concretas para a saúde oral, assim como reforçar a prevenção e a literacia, através da reintrodução da escovagem dentária nas escolas, realização de rastreios e apoio a grupos vulneráveis. A Ordem sublinha a importância de um compromisso concreto nos programas eleitorais, tanto legislativos quanto autárquicos, para assegurar que a Saúde Oral deixa de ser um privilégio e passe a ser um direito efetivo para todos os portugueses", dizem, apontando um "retrato que envergonha os decisores políticos, quando existem mais de 300 mil pessoas a dizer que não têm dinheiro para realizar pelo menos uma consulta de medicina dentária".