Dhlakama lançou suspeitas sobre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, dizendo que terá transportado eleitores de outras províncias para a votação municipal que hoje decorreu na terceira maior cidade do país, na região norte.
O líder da Renamo falou numa entrevista telefónica ao canal privado de televisão moçambicano STV na qual lançou também suspeitas sobre o recrutamento de elementos das autoridades para um alegado plano de fraude.
As declarações contrastam com a situação de normalidade descrita por quem esteve durante todo o dia nas assembleias de voto.
As plataformas de observação eleitoral Sala da Paz e Votar Moçambique, com 160 observadores no terreno, consideraram que o dia de eleições decorreu de forma ordeira, apesar de alguns problemas relacionados com cadernos eleitorais.
Leonel Namuquita, dirigente da Frelimo em Nampula, desmentiu as acusações em conferência de imprensa e considerou as declarações de Dhlakama como intimidatórias para os eleitores, classificando-as como uma violação à lei em dia de votação.
Os observadores eleitorais que estão no terreno, em Nampula, fazem parte de organizações da sociedade civil que estão também a acompanhar a contagem de votos, iniciada às 18:00 (20:00 em Lisboa) e que decorre sem sobressaltos, de acordo com o canal da plataforma Sala da Paz na Internet.
Cerca de 300.000 eleitores estavam inscritos para votar hoje na segunda volta da eleição para presidente do Conselho Municipal de Nampula, cargo ao qual se candidataram Amisse Cololo pela Frelimo e Paulo Vahanle pela Renamo.
Afonso Dhlalama e o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, têm mantido negociações desde há um ano em diferentes dossiês com vista à assinatura de um acordo de paz para o país.
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