“Quero construir uma sociedade em que não tenha de ver os meus filhos à distância de um clique”, frisou o candidato à Lusa, no final de uma ação de campanha que decorreu hoje no Funchal e que contou com a presença do presidente do partido, Pedro Santana Lopes.
A lista do Aliança iniciou o dia no Mercado dos Lavradores e passou depois pelo centro do Funchal, tendo terminado a ação de campanha com uma viagem de autocarro.
Pelo caminho, encontraram os candidatos do PAN – Pessoas, Animais e Natureza e do Chega, que estavam também a fazer campanha pelo centro do Funchal.
Afirmando que aposta sobretudo em falar com as pessoas, Joaquim Sousa disse que entre as principais preocupações que lhe transmitem estão “o emprego, os filhos terem de partir, o facto de os jovens não terem hipótese de ficar na ilha”.
“Os avós conhecerem os netos à distância de um écran, os filhos sofrerem a solidão dos pais à distância de uma chamada de telemóvel e a solidão de alguém que construiu uma vida e, no final da vida, se vê só, se vê sem amparo. Que não tem confiança nos serviços de saúde, mas que tem de ter esperança nos serviços de saúde. Que gostava de ter a família perto, mas tem a família longe”, lamentou.
Segundo o candidato, essas mesmas pessoas veem “os mesmos de sempre a governarem-se e não a governarem” para o povo.
“A política dos mesmos ao fim de 43 anos tem o vício da arrogância, só eles é que são importantes e os outros, o povo, só serve para os bajular. Não é essa a Madeira que queremos”, disse.
Nesta reta final até às eleições, Joaquim Sousa vai continuar a apostar no contacto “pessoa a pessoa, dia a dia e voto a voto”.
E deixou a receita para quem for eleito: “coragem para não cair nas tentações que, infelizmente, temos visto a condicionar o desenvolvimento, caráter para dizer aquilo que se diz hoje em campanha e cumprir quando se está em qualquer órgão para que formos eleitos, competência para tomar as escolhas certas porque é da nossa vida que se trata”.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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