O programa Erasmus +, que será lançado no decorrer da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), terá duas dimensões “particularmente inovadoras”, a “abertura ao ensino vocacional e profissional” e um “programa de alianças das instituições de ensino superior”, disse Manuel Heitor na conferência de imprensa final do conselho informal de ministros da Educação da UE.
A rede de alianças de instituições europeias servirá como “caso de estudo”, no sentido de “testar” a dimensão social do Erasmus, o desenvolvimento de carreiras — especialmente carreiras docentes e de investigação — e a troca de materiais, explicou.
De momento, estão formadas 41 universidades europeias, redes de instituições de ensino superior da UE, e Portugal participa em 14 delas, através quer de institutos politécnicos, quer de universidades.
“Esse é o desafio deste programa, ter as instituições de ensino superior verdadeiramente formadas com base em consórcios europeus, eventualmente evoluindo no futuro para aquilo que se pode chamar um recrutamento conjunto de docentes e de investigadores com base em programas conjuntos”, acrescentou o ministro, que falava em conferência de imprensa conjunta com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e os comissários europeus Mariya Gabriel (Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude) e Nicolas Schmit (Emprego e Direitos Sociais).
A conselho informal de Educação decorreu esta manhã por videoconferência, a partir do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e visou debater o contributo da educação e da formação para a aplicação do Pilar dos Direitos Sociais, o “foco” da presidência portuguesa do Conselho da UE, que vai ter como momento alto a Cimeira Social agendada para 07 e 08 de maio, no Porto.
Portugal assumiu a sua quarta presidência do Conselho da UE em 01 de janeiro, a qual se estenderá durante o primeiro semestre de 2021, sucedendo à Alemanha e antecedendo a Eslovénia, sob o lema “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”.
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