George Papadopoulos, assessor de política externa da campanha eleitoral do presidente Donald Trump foi condenado a 14 dias de prisão esta sexta-feira, por mentir no âmbito de uma investigação sobre uma possível interferência russa nas eleições norte-americanas de 2016, que deram a vitória a Trump.
Papadopoulos "mentiu uma investigação que era importante para a segurança nacional", disse o juiz federal Randolph Moss, que também estabeleceu uma multa de 9.500 dólares, cerca de 8.200 euros.
A sentença inclui também um ano de liberdade supervisionada e 200 horas de serviço comunitários.
Papadopoulos admitiu, em outubro do ano passado, ser culpado de prejudicar os investigadores para ocultar a verdade sobre os seus encontros com enviados da Rússia aos Estados Unidos, meses antes da eleição presidencial.
O homem de 31 anos afirmou que os principais membros da campanha de Trump o estimularam, em 2016, a criar laços com a Rússia, mesmo depois de ele ter dito que Moscovo tinha e podia partilhar informações comprometedoras sobre a rival de Trump, a democrata Hillary Clinton.
O FBI, que já estava a investigar a alegada interferência da Rússia na campanha presidencial dos Estados Unidos em 2016, abriu uma linha sobre o possível conluio com a equipa de campanha de Trump após descobrir a natureza dos intercâmbios entre Papadopoulos e os intermediários da Rússia.
Esses temas agora são o centro da investigação do procurador especial Robert Mueller, que ameaça cada vez mais pessoas do círculo próximo de Trump e o próprio presidente.
Das 35 pessoas e entidades acusadas até agora, Papadopoulos é um dos cinco que admitiram a culpa e o segundo a ser condenado.
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