Num comunicado conjunto, divulgado na sexta-feira, o Departamento de Segurança Nacional e o diretor da Inteligência Nacional dizem que os EUA têm a certeza de que "o Governo russo dirigiu" recentemente ataques informáticos a correios eletrónicos de pessoas e instituições norte-americanas, "incluindo organizações políticas".
A publicação de ‘emails’ pirateados por sites como DCLeaks.com e Wikileaks, ou o 'hacker' identificado como Guccifer 2.0, "são coerentes com os métodos e motivações de esforços dirigidos pelos russos", acrescenta a mesma nota.
Esta pirataria informática "tem a intenção de interferir com o processo eleitoral dos EUA", considera Washington.
"Tal atividade não é nova para Moscovo. Os russos usaram táticas e técnicas similares na Europa e na Eurásia, por exemplo, para influenciar a opinião pública", lê-se no mesmo texto.
Para os Estados Unidos, "tendo em conta o alcance e a sensibilidade", "só altos funcionários da Rússia poderiam ter autorizado estas atividades".
Em julho, a candidata à Casa Branca Hillary Clinton acusou a Rússia do ataque informático de que foi alvo o secretariado do Partido Democrata, que levou à divulgação de 20 mil correios eletrónicos pelo WikiLeaks.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, considerou na altura ser possível que Moscovo estivesse por detrás deste ataque, que tornou públicas as estratégicas da direção do partido para debilitar o senador Bernie Sanders, que disputou as primárias com Clinton.
Ainda em julho, O FBI anunciou uma investigação e em setembro o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou qualquer ligação ao ataque.
"A Rússia nunca fez uma coisa dessas a nível estatal", afirmou Putin.
Comentários