"O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) informou-nos que a Coreia do Norte tentou obter tecnologias incluindo a vacina e tratamentos contra a covid por meio de um ataque cibernético para piratear a Pfizer", informou aos jornalistas o deputado sul-coreano Ha Tae-keung.
Pyongyang foi o primeiro país do mundo a fechar as suas fronteiras no final de janeiro de 2020 na tentativa de se proteger da pandemia.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, garantiu que o seu país não teve nenhum caso de infeção de covid-19, mas especialistas acreditam que a alegação é improvável, visto que a vizinha China é o principal parceiro comercial e apoio de Pyongyang.
O encerramento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já sujeita a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido pelo regime.
De acordo com especialistas ocidentais, a Coreia do Norte tem um exército de vários milhares de piratas informáticos altamente treinados que já atacaram empresas, instituições e centros de pesquisa, especialmente na Coreia do Sul.
Pyongyang também terá alegadamente roubado perto de 300 milhões dólares em criptomoedas nos últimos meses via ataques informáticos — o intuito é que os fundos financiem os seus programas nucleares e balísticos, de acordo com a CNN, que cita um relatório da ONU.
Embora afirme estar livre do vírus, a Coreia do Norte solicitou recentemente vacinas contra a covid-19, das quais deve receber quase dois milhões de doses, segundo a GAVI Alliance, membro do programa da ONU Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.
Esta é a primeira confirmação oficial de que Pyongyang pediu ajuda internacional, quando a infraestrutura sanitária da Coreia do Norte é considerada totalmente inadequada para lidar com uma epidemia em grande escala.
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