"O soldado israelita Edan Alexander, com dupla cidadania americana, será libertado como parte dos esforços para um cessar-fogo, a abertura de pontos de travessia e a entrada de ajuda e [serviços] de resgate ao nosso povo" na Faixa de Gaza, informou, num comunicado, o Hamas, que governa o devastado território palestiniano.

O anúncio do grupo islamista ocorre antes da visita ao Oriente Médio do presidente americano, Donald Trump, que visitará a Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos de 13 a 16 de maio.

O magnata republicano agradeceu neste domingo na sua rede Truth Social aqueles que tornaram possível essa "notícia monumental" e qualificou a libertação como "gesto de boa fé".

"Esperemos que este seja o primeiro dos passos finais necessários para pôr fim a este conflito brutal", acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ressaltou que o seu país continuará com os combates na Faixa.

"De acordo com a política de Israel, as negociações ocorrerão sob fogo, com o compromisso de alcançar todos os objetivos da guerra", assinalou o gabinete de Netanyahu num comunicado.

No seu anúncio, o Hamas disse estar "pronto para iniciar de imediato negociações intensivas e fazer esforços sérios para chegar a um acordo final sobre a cessação da guerra" ou "o intercâmbio de prisioneiros [reféns israelitas por presos palestinianos]".

Também sobre "a gestão da Faixa de Gaza por parte de um organismo profissional independente, com o objetivo de garantir a manutenção da calma e da estabilidade durante muitos anos, além da reconstrução e do fim do assédio".

Edan Alexander, de 21 anos, foi capturado no ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, enquanto servia numa unidade de elite perto do território palestiniano.

A 15 de abril, o Hamas disse ter perdido contato com o grupo que o mantinha cativo em Gaza após um ataque israelita.

Das 251 pessoas sequestradas em Israel nos ataques de 7 de outubro de 2023, 58 continuam em cativeiro em Gaza, incluídas 34 declaradas mortas pelo Exército israelita.

Os Estados Unidos são um dos mediadores, junto com o Egito e o Qatar, no conflito entre Israel e Hamas.

Egito e Qatar descreveram o anúncio do Hamas como um "gesto de boa vontade" e "um passo encorajador rumo ao retorno à mesa de negociações para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza, a libertação de prisioneiros e detidos, e garantir o fluxo seguro e sem obstáculos da ajuda" humanitária no território devastado.