O grupo islamita Hamas pediu a grupos armados, incluindo a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), que recolhessem informações sobre os reféns, vivos ou mortos, garantiram duas fontes à agência noticiosa francesa AFP, que solicitaram o anonimato.
O objetivo é que os diferentes movimentos estejam prontos para concluir um acordo de tréguas e troca entre os reféns que mantêm e os prisioneiros palestinianos detidos em Israel, explicaram.
Durante o ataque sem precedentes lançado a partir da Faixa de Gaza pelos comandos do Hamas e seus aliados, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanece em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo Exército.
Desde o início da guerra em Gaza, apenas entrou em vigor uma trégua de uma semana, em novembro de 2023, durante a qual foram libertados 105 reféns, num acordo que resultou na libertação de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel. Sete reféns foram também resgatados pelo Exército israelita.
As negociações para uma nova trégua e a libertação de reféns e prisioneiros, conduzidas com interrupções durante meses, não tiveram sucesso.
No entanto, o primeiro-ministro do Qatar disse no sábado ter visto “um novo impulso” após a eleição de Donald Trump.
Sem liberdade de circulação entre o norte e o sul da Faixa de Gaza, “será difícil chegar a todos os grupos de prisioneiros para saber os detalhes relativos aos prisioneiros vivos e mortos”, afirmou uma fonte do Hamas à AFP.
“Se a ocupação (por Israel) quer libertar os prisioneiros, a solução está em parar a guerra”, acrescentou a mesma fonte, que mencionou uma “intensificação” dos contactos nos últimos dias entre “os mediadores no Qatar, no Egito e na Turquia” e uma possível ronda de negociações indiretas “nos próximos dias”.
Milhares de pessoas voltaram a manifestar-se no sábado em Telavive para exigir a libertação dos reféns.
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