O Tribunal Administrativo de Cundinamarca estabeleceu um prazo de três meses para que o Ministério do Meio Ambiente emita “um regulamento que contemple medidas para a erradicação da espécie”, que afeta “o equilíbrio ecológico”, segundo a decisão. Os juízes ressalvaram que as medidas devem incluir “a caça controlada e esterilização” dos animais.
No fim do ano passado, o ministério havia anunciado um plano para esterilizar parte da população dessa espécie e aplicar a eutanásia noutra parte. Meses depois, as esterilizações avançam a passos lentos e a primeira eutanásia ainda não aconteceu. Tampouco prosperou um plano para transferi-los para o México, a Índia e as Filipinas.
Os hipopótamos chegaram à Colômbia por capricho de Pablo Escobar, que introduziu um casal procedente da África no seu zoológico particular na região de Magdalena Medio. Após a morte de Escobar, em 1993, e a intervenção oficial nas suas propriedades, os mamíferos ficaram desamparados e passaram a reproduzir-se, tendo alguns deles atacado pescadores do rio Magdalena, o mais importante do país.
No fim de 2023, havia 166 hipopótamos. Segundo cálculos do Ministério do Meio Ambiente, até 2035 eles podem chegar a 1.000, caso sua expansão não seja contida.
Especialistas explicam que o crescimento descontrolado da população de hipopótamos ameaça espécies locais, mas defensores dos direitos dos animais e trabalhadores do setor do turismo opõem-se à caça desses gigantes.
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