Um dos funcionários informou que a embaixadora dos EUA em Beirute, Lisa Johnson, apresentou um plano de três pontos ao primeiro-ministro Najib Mikati e ao presidente do Parlamento, Nabih Berri.
O plano prevê “um cessar-fogo de 60 dias”, durante o qual as tropas libanesas seriam mobilizadas na fronteira entre os dois países, acrescentou o funcionário, que preferiu não ser identificado.
Israel ainda não deu uma resposta.
Outra fonte do governo libanês, também sob anonimato, confirmou que a proposta está a ser avaliada.
A iniciativa é o resultado de conversas entre Nabih Berri e o enviado americano Amos Hochstein, que chegou a "um acordo para um plano rumo a um cessar-fogo e à implementação da resolução 1701", afirmou.
Esta resolução, que colocou fim à guerra anterior entre Israel e o Hezbollah, em 2006, determinava que apenas o exército libanês e as forças de paz da ONU (a Força Interina das Nações Unidas no Líbano, Finul) podiam ser mobilizados na fronteira sul do Líbano, adjacente ao norte de Israel.
Durante anos, a resolução permitiu manter uma relativa calma na região, apesar de confrontos esporádicos.
A situação, contudo, mudou com o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Desde então, o Hezbollah passou a realizar disparos de artilharia quase diários em solidariedade com o movimento islâmico palestiniano, obrigando à evacuação de centenas de milhares de pessoas, habitantes do norte de Israel.
Por sua vez, Israel lançou, a 23 de setembro, uma operação contra as posições do Hezbollah e, uma semana depois, intensificou os seus bombardeamentos no Líbano.
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