“Celeste Rodrigues tinha de facto uma voz única, distinta da voz da sua mãe, distinta da voz da sua irmã Amália, distinta na sua independência, autonomia e sobretudo alegria”, lê-se numa mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, divulgada no ‘site’ da Presidência da República.
Sublinhando que, até ao fim da sua vida, a fadista "nunca perdeu a curiosidade de conhecer um mundo em permanente mudança”, o chefe de Estado lembra que Celeste Rodrigues cantou com inúmeros artistas portugueses e internacionais, “a todos conquistando com a sua amabilidade tão genuína”.
“Foi com grande tristeza que soube da notícia do falecimento da fadista Celeste Rodrigues. Herdou dos pais o gosto pela música, pelo fado em particular, uma constante na sua vida e um verdadeiro dom que generosamente partilhou com todos à sua volta, amigos e desconhecidos”, acrescenta o Presidente da República, endereçando “um abraço muito forte à família enlutada e a tantos amigos que hoje se despedem” da fadista.
Celeste Rodrigues, nascida no Fundão, em 14 de março de 1923, morreu hoje, aos 95 anos, confirmou à Lusa o neto Diogo Varela Silva.
Irmã de Amália Rodrigues, a fadista, que em maio disse à Lusa que "cantar é sempre uma alegria", iniciou a carreira há 73 anos e do seu repertório constam, entre outros temas, “A Lenda das Algas” e o “Fado das Queixas”.
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