Benjamin Netanyahu "não aprova a instalação de um hospital para os moradores de Gaza em território israelita" e este estabelecimento, "portanto, não será instalado", acrescentou o gabinete do presidente daquele país.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciou esta quarta feira, em comunicado, que ordenou a criação de um hospital "temporário" em Israel para atender crianças em Gaza cujas doenças não podem ser tratadas no território palestiniano devastado pela guerra.

Gallant mencionou o hospital de campanha numa chamada telefónica com o ministro da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, segundo a AFP.

Uma autoridade israelita afirmou à agência que, antes de ordenar esta construção, Gallant pediu a Netanyahu, duas semanas antes, que acelerasse "a evacuação de doentes, especialmente crianças" de Gaza.

"O primeiro-ministro vetou a ordem e, por razões políticas, bloqueou uma solução humanitária", declarou a fonte sob anonimato.

O conflito eclodiu a 7 de outubro, quando comandos islamitas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem baseada em dados de Israel. O Exército de Israel estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, 42 das quais terão morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou 38.794 mortos em Gaza, maioritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino governado pelo Hamas.