“É urgente inverter a escalada de tensões e a banalização da violência neste território [Gaza]”, defendeu Luís Montenegro no parlamento, durante o debate preparatório do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas entre quinta e sexta-feira.

O chefe do Governo português reiterou o pedido de um “cessar-fogo imediato e permanente” para “melhorar a ajuda humanitária” na Faixa de Gaza e para permitir a libertação de reféns mantidos no enclave palestiniano desde o ataque do grupo islamita Hamas em 07 de outubro de 2023 contra Israel, afirmando o apoio à Autoridade Palestiniana “para a solução dos dois Estados”.

“Condenamos o uso excessivo da força por parte de Israel em Gaza, a expansão dos colonatos na Cisjordânia, bem como a posição injustificada do Governo israelita face ao secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres], considerando-o ‘persona non grata'”, salientou.

Montenegro considerou ainda “inaceitáveis os incidentes que têm provocado o ferimento de capacetes azuis nas missões das Nações Unidas no Líbano”.

“O recente agravamento das hostilidades no Líbano e o ataque militar do Irão contra Israel, que condenamos veementemente, são muito preocupantes. Condenamos igualmente o desrespeito pelas vidas de civis inocentes”, acrescentou.

Sobre o conflito na Ucrânia, na sequência da invasão russa em fevereiro de 2022, Montenegro afirmou que os dirigentes europeus reunidos em Bruxelas — num encontro para o qual foi convidado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky -, renovarão “o apoio inabalável da União Europeia (UE) ao Governo e povo ucranianos em todas as suas dimensões, em linha com o acordo bilateral em matéria de segurança” assinado entre Portugal e a Ucrânia, “e também a nível europeu e da Aliança Atlântica”.