Numa pergunta hoje entregue no parlamento, o deputado do PSD Pedro Roque refere notícias recentes que dão conta de que o Colégio Militar suspendeu “preventivamente”, a um mês dos exames, 19 dos 27 alunos do 12.º ano devido a “atitudes e ações tomadas por oficiais do Corpo de Alunos”.
“Esta situação veio provocar um ambiente de tensão e instabilidade entre os alunos da instituição num momento muito próximo da época de exames escolares e em nada contribui para fortalecer a moral e o espírito de grupo nesta instituição tradicional do Exército português”, sublinha o coordenador dos deputados sociais-democratas na comissão parlamentar de Defesa.
No documento, os deputados consideram que o clima de “mau estar” no Colégio Militar é confirmado, na imprensa, “por diversos pais dos alunos suspensos e alvos agora do inquérito em curso” que “acusam alguns oficiais de desenvolverem perante eles uma postura de intimidação procurando, muitas vezes, humilha-los perante os alunos mais novos”.
Os deputados perguntam se o Ministério da Defesa Nacional poderá enviar à comissão parlamentar os resultados dos inquéritos que estão a decorrer no Colégio Militar e se está a preparar “alguma medida que possa prevenir” situações semelhantes no futuro.
De acordo com a edição de domingo do Diário de Notícias, uma das origens da instabilidade “residiu nas punições aplicadas aos comandantes da 3.ª e da 4.ª companhias, alunos do 12.º ano, por terem entrado em instalações dos oficiais do Exército que lhes estão vedadas”.
Uma das punições, a título preventivo, é a interdição de acederem às instalações do Corpo de Alunos, impondo desde quarta-feira passada aos estudantes internos a obrigatoriedade de regressarem diariamente a casa, mesmo os que residem fora de Lisboa, revelou o jornal.
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