Numa conferência de imprensa conjunta com a sua homóloga sueca, Ann Linde, após um encontro, a chefe da diplomacia espanhola disse, no entanto, confiar em que tal não aconteça e que israelitas e palestinianos tentem resolver o conflito pela via do diálogo e através de uma relação de “amizade e cooperação”.
González Laya insistiu na promoção do diálogo para um acordo negociado e no evitar de qualquer ação unilateral que, disse, teria um impacto negativo na estabilidade “frágil” da região.
Na mesma linha, a chefe da diplomacia da Suécia assinalou que a decisão unilateral infringe a lei internacional “e tornaria muito difícil a solução de dois Estados com fronteiras seguras e reconhecidas por ambas as partes”.
Linde também coincidiu com González Laya ao considerar que a anexação afetará a relação de Israel com a União Europeia.
Os chefes da diplomacia da Alemanha, França, Egito e Jordânia, reunidos em videoconferência, também exortaram hoje Israel a abandonar o projeto de anexação de partes da Cisjordânia ocupada, considerando que, a concretizar-se, será uma violação ao direito internacional.
“Não reconheceremos qualquer modificação das fronteiras de 1967, que não seja aceite pelas duas partes em conflito”, afirmaram os chefes da diplomacia alemã, francesa, egípcia e jordana na declaração conjunta divulgada por Berlim.
“Uma tal medida trará graves consequências para a segurança e estabilidade da região e constituirá um grande obstáculo aos esforços para concretizar uma paz global e justa”, acrescentaram.
O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, disse que a partir de dia 1 de julho poderia começar a anexar colonatos e o vale do Jordão na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
A anexação está prevista no plano norte-americano para o Médio Oriente apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro e rejeitado pelos palestinianos e por grande parte da comunidade internacional.
Até hoje, Israel não fez qualquer anúncio oficial, indicando apenas que prosseguem as discussões com responsáveis norte-americanos e com os chefes da segurança do Estado hebreu.
Mais de 450.000 colonos vivem na Cisjordânia ao lado de 2,7 milhões de palestinianos.
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