Muito se tem falado sobre a eficácia da Rede Nacional de Emergência e Segurança - SIRESP, que está atualmente em utilização pelos bombeiros e equipas de emergência no combate aos incêndios.
No fogo da Serra da Estrela, uma equipa de bombeiros terá ficado sem comunicações, uma informação que foi posteriormente desmentida. Na sequência, o presidente da SIRESP, brigadeiro-general Paulo Viegas Nunes, garantiu que o sistema "funcionou" quer no fogo da Serra da Estrela como no da região de Leiria.
Para tirar as dúvidas, o comando da SIRESP convocou a comunicação social para demonstrar a eficácia do sistema, só que... a experiência não correu bem. A comunicação entre o ponto 1 e o ponto 2 do teste falhou durante sete minutos.
O presidente da SIRESP, reitera que o sistema funciona e apesar de ter evitado mencionar uma possível falta de formação sobre o sistema, admitiu a "falta de entendimento" acerca do funcionamento da rede.
Por sua vez, Vitor Custódio (um dos elementos do SIRESP que esteve na demonstração), explicou o modo de funcionamento da rede, disse que se uma das 247 estações base perder a ligação todo os rádios a ela ligados podem continuar a funcionar.
Não é a primeira vez que a rede SIRESP levanta questões sobre a sua eficácia em combate aos incêndios. Em 2017, os bombeiros queixaram-se de falhas no sistema.
Nos incêndios de Pedrogão Grande, a Autoridade Nacional da Proteção Civil queixou-se das "falhas que foram "responsáveis pelo caos entre as equipas de assistência no terreno", declarou, na altura, naqueles que foram os incêndios "mais graves da História recente de Portugal e dos maiores da década na Europa, tendo deixado 64 mortos e mais de 200 feridos".
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