“Cabe aos ucranianos e só aos ucranianos decidir quando estão reunidas as condições para negociações e decidir à volta de uma mesa de negociações – no caso de se realizarem negociações — o que é uma solução aceitável”, declarou Stoltenberg.

“A nossa tarefa é apoiá-los”, acrescentou.

O dirigente da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) emitiu estas declarações numa aparição pública em Arendal, pequena cidade do sul da Noruega (país de origem de Stoltenberg), onde os decisores noruegueses estão reunidos esta semana.

Dias antes, no mesmo local, o seu chefe de gabinete, Stian Jenssen, tinha dado a entender que uma solução para a guerra poderia ser a Ucrânia ceder territórios à Rússia como contrapartida para a sua adesão à NATO, tendo tido, em seguida, de tentar atenuar os efeitos das suas afirmações.

“A política da NATO permanece inalterada”, sublinhou Stoltenberg, acrescentando: “Apoiamos a Ucrânia nas fronteiras internacionalmente reconhecidas (…), a [sua] soberania e a [sua] integridade territorial”.

Na cimeira da NATO realizada em Vilnius no início de julho, foi oferecida à Ucrânia ajuda militar a longo prazo, mas não perspetivas de integração a breve prazo na Aliança.