Segundo o mais recente relatório sobre a doença do Ministério da Saúde de Moçambique, o surto, com uma taxa letalidade de 0,2%, começou em 1 de outubro de 2023, afetando sobretudo as províncias do norte e centro do país.
No documento acrescenta-se que dos 15.386 casos cumulativos notificados em cinco meses, 5.183 foram reportados na província de Nampula, 2.851 em Tete, 2.428 em Cabo Delgado, 2.318 na Zambézia, 1.652 em Sofala, 428 em Niassa, 442 em Manica e 84 em Maputo (província).
Em declarações anteriores à Lusa, o chefe do Programa Alargado de Vacinação do Ministério da Saúde, Leonildo Nhampossa, avançou que foram vacinadas contra a cólera, em quatro províncias, entre 8 e 12 de janeiro, 2.268.548 pessoas, com mais de 1 ano de idade.
O grupo-alvo desta operação de vacinação era de 2.271.136 pessoas, correspondente à população que vive nas áreas mais vulneráveis e de foco para o atual surto, referiu o Ministério da Saúde.
A cólera é uma doença, tratável, que provoca fortes diarreias e que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.
A doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que mil milhões de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença, apontando, já em outubro, Moçambique como um dos países de maior risco.
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