O surto teve início a 21 de dezembro e tem atingido cerca de uma centena de habitantes cada semana, mas a ministra da Saúde de Angola disse a 18 de janeiro que a situação estava controlada.
“Nos últimos dias temos uma redução significativa de casos, isso só quer dizer que as medidas que estão a ser tomadas estão a ser adequadas”, disse anteriormente a ministra Sílvia Lutukuta.
Estão em curso campanhas de sensibilização da população para cuidados de higiene e com o consumo de água, mas também no sentido de recorrerem às unidades sanitárias ao primeiro sinal daquela doença.
As medidas de combate à doença levada a cabo pelas autoridades incluem ainda a distribuição de água potável à população, bem como cloro e comprimidos para o tratamento da água.
O surto já obrigou ao reforço das equipas locais de assistência, com médicos das Forças Armadas Angolanas (FAA), da Polícia Nacional de Angola, do Ministério da Saúde e de organizações não-governamentais.
Os casos de cólera foram registados nos bairros Orlando Fonseca, Gai e Candombe Novo, nos arredores da cidade capital da província do Uíge, tendo sido criado um centro de tratamento no hospital provincial e uma unidade de tratamento no hospital municipal de Candombe Velho.
Uma outra epidemia, ocorrida entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, afetou mais de 150 pessoas nas províncias de Luanda, Cabinda e Zaire, provocando uma dezena de mortos, o que levou na altura o Governo a aprovar um plano para tentar travar a propagação da doença.
Deste plano constava o tratamento da água potável, o reforço da recolha do lixo, a informação e educação das comunidades, formação de pessoal, a organização e mobilização de serviços clínicos, bem como o aprovisionamento de meios médicos e medicamentos e a biossegurança nas unidades sanitárias.
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