"Como próximo presidente dos Estados Unidos, vou trazer paz para o mundo e acabar com a guerra que já ceifou tantas vidas e devastou incontáveis famílias inocentes", escreveu o ex-presidente em na sua rede social, Truth Social. “Os dois lados poderão reunir e negociar um acordo que ponha fim à violência e pavimente o caminho para a prosperidade.”

Os Estados Unidos entregaram dezenas de biliões de dólares em assistência militar a Kiev desde que a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, mas, com uma eventual vitória de Trump em novembro, o apoio de Washington não está garantido.

Zelensky confirmou o telefonema. "Estabelecemos com o presidente Trump discutir numa reunião pessoal que passos podem ser dados para uma paz justa e realmente duradoura", disse. "Tomei nota do vital apoio bipartidário e bicameral americano para proteger a liberdade e a independência de nossa nação", publicou, por seu lado, na rede social X.

Reunião entre Trump e Orban

Trump, que aceitou formalmente a sua nomeação como candidato presidencial do Partido Republicano, afirmou em diversas ocasiões que acabaria com a guerra muito rapidamente, mas nunca disse como.

O ex-presidente recebeu na sua mansão na Flórida o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que também  reuniu no começo do mês com o presidente russo, Vladimir Putin.

Os elogios frequentes de Trump a Putin e a sua relutância em condenar abertamente a invasão russa geram o receio no Ocidente de que possa obrigar a Ucrânia a aceitar uma derrota parcial.

O ex-presidente também criticou diversas vezes a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). J.D. Vance, escolhido para nº 2 de Trump na corrida presidencial, lidera a ala isolacionista entre os congressistas republicanos que sustentam que os Estados Unidos deveriam suspender a ajuda à Ucrânia.

Zelensky disse no início da semana que ele e Trump poderiam trabalhar juntos caso o republicano vencesse. Não comentou se estava preocupado com o presidente Joe Biden, atualmente pressionado a se retirar da disputa, mas reconheceu que "as turbulências" do período eleitoral americano têm "um grande impacto" em seu país.