Estas pessoas, algumas com crianças, foram levadas para um parque de estacionamento de um centro comercial, que se transformou num centro de acolhimento para quem foge das zonas ocupadas pelo exército russo.
No total, 174 civis transportados por oito autocarros chegaram a esta grande cidade do sudeste ucraniano “a partir do inferno de Mariupol”, precisou no Twitter a coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia, Osnat Lubrani.
“No entanto, o nosso trabalho não terminou”, prosseguiu Lubrani, assegurando que “dezenas de pessoas que desejavam juntar-se ao comboio [humanitário] nos últimos dias não puderam fazê-lo”.
Com esta operação, são mais de 600 os civis retirados do vasto complexo siderúrgico, o último bastião das tropas ucranianas no local lideradas pelo regimento Azov, integrado na Guarda Nacional.
Previamente, e no decurso de uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, de visita a Kiev, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reconheceu a impossibilidade de libertar Mariupol.
“O nosso país carece de armamento pesado necessário para libertar Mariupol” numa operação militar. “Digo-o abertamente”, sublinhou.
O líder ucraniano também considerou ser praticamente impossível garantir a saída dos militares ucranianos entrincheirados no complexo siderúrgico e acusou a Rússia de bloquear os esforços para a sua retirada.
“Os militares russos, o Exército russo e a cúpula do poder da Federação russa não querem que os nossos soldados saiam”, indicou em declarações divulgadas pelo portal digital ucraniano Gazeta.
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