Numa intervenção perante o Fórum Económico Mundial, von der Leyen referiu que a corrida para a IA já arrancou e esta pode ser uma grande oportunidade, se usada responsavelmente, nomeadamente quando “reforça as capacidades humanas, melhora a produtividade e está ao serviço da sociedade”.
“É por esta razão que iremos proporcionar às empresas europeias em fase de arranque e às PME acesso aos nossos supercomputadores de craveira mundial, para que possam desenvolver e treinar grandes modelos de IA”, anunciou, numa iniciativa “semelhante ao que a Microsoft está a fazer para o ChatGPT.
A líder do executivo comunitário salientou que a União Europeia (UE) deve investir nos setores onde tem vantagem competitiva, adiantando haver quase 200 mil engenheiros de software na Europa, “uma concentração maior do que nos Estados Unidos e na China”.
Ursula von der Leyen, no seu discurso, alertou ainda que o mundo enfrenta o maior risco para a ordem global desde o pós-guerra, mergulhado “numa era de conflitos e confrontos, de fragmentação e medo.
A resposta, apontou, passa pelo reforço da democracia, que deve ser protegida dos riscos de interferência, nomeadamente pela desinformação e a informação deturpada, um dos maiores desafios atuais.
Partindo do tema da edição de 2024 do Fórum de Davos — Reconstruir a esperança — a líder do executivo comunitário apelou ainda à colaboração internacional entre empresários, sublinhando que “as empresas têm a inovação, a tecnologia e o talento para dar as soluções necessárias para lutarmos contra ameaças como as alterações climáticas e a desinformação à escala industrial”, sendo esta um risco particular em 2024, “o maior ano eleitoral na história”, com cidadãos de todo o mundo chamados a votar, incluindo “mais de 450 milhões na União Europeia”.
A 54.ª edição do Fórum Económico Mundial em Davos reúne líderes internacionais governamentais, institucionais, empresariais e da sociedade civil, que ao longo da semana irão debater a reconstrução da “confiança”.
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