Se a ilha do Corvo tivesse um postal icónico seria, sem dúvida, uma imagem do caldeirão. Ou talvez não. Quem percebe mais de postais do que qualquer um dos membros da equipa do SAPO24 é Orlando Rosa, o carteiro da ilha e caminheiro nos tempos livres. Ele será o nosso guia por um roteiro mais desconh
Estala um foguete. Há festa no Corvo. Uns punhados de povo juntam-se para montar as cerimónias e celebrar o Espírito Santo. Fazem-no duas vezes ao ano: uma para quem cá vive, outra para quem cá volta.
Que ilha quer o Corvo ser? Que ilha pode o Corvo ser? José Silva é a mais alta figura do Estado nesta ilha açoriana. À conversa com o SAPO24, o presidente da câmara de Vila do Corvo revela os sonhos, ambições, desafios e desilusões com as gentes da ilha — e do país.
Mais casas e um aeroporto. Assim se pode resumir o que mudou no Corvo de há muito para que se tornasse no Corvo de agora. A ilha mais pequena dos Açores guarda um universo de histórias — e uma delas é a metamorfose que lhe tem acontecido, à medida que se vai chegando cada vez mais perto do resto do
Portugal tem a mania de dizer que é um país pequeno. Na melhor das hipóteses, é um país médio. A modéstia não serve de nada quando o território se estica tão uno da Europa à América.
No dia em que a ilha se reuniu cedo para a festa que demorou dois dias a preparar, os resistentes encheram o BBC para celebrar a seleção com uma calma que é quase estranha ao futebol. Aqui ninguém se exalta: bebe-se, come-se, discute-se a tática e mete-se a conversa em dia. Festejou-se o futebol tal
Aqui tudo é possível, numa comunhão entre a natureza e as pessoas, "só as coisas eternas perduram", como escreveu Raúl Brandão. Para mim, a ilha do Corvo é sinónimo de liberdade.
A ilha lá longe é o mundo todo. O lugar prometido, metido no meio das nuvens, que se abre a quem o quiser perceber. Este é o diário de bordo do nosso primeiro dia numa ilha que já está na América.
Escolhemos, para o projeto, o nome “Até aqui, Portugal”. É um título que é um pin, uma linha estirada do continente ao Corvo para nos lembrar da largura do nosso país e das nossas gentes.