O que se passa na Ucrânia?
É difícil responder. As autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no Donbass ucraniano, ordenaram hoje a retirada em massa de civis para o território russo, alegando receio de um ataque do Exército ucraniano, apesar de Kiev desmentir qualquer intenção bélica.
"A Rússia está pronta para garantir a entrada organizada e o acolhimento de moradores da República Popular de Lugansk", disse o líder dos separatistas na região, Leonid Passechnik.
Horas antes, o líder de Donetsk, Denís Pushilin, tinha anunciado "a partida massiva e centralizada" da população, especialmente mulheres, crianças e idosos, denunciando que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estaria prestes a "dar ordem ao Exército para uma ofensiva" que invadiria as autoproclamadas repúblicas.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, garantiu hoje, perante o Parlamento, que Kiev não planeia nenhuma ação violenta contra os territórios separatistas, assegurando que o governo continua comprometido com uma solução pacífica para o conflito.
O governador da região russa de Rostov, Vasili Gólubev, reuniu entretanto com o presidente Vladimir Putin, para preparar a chegada de refugiados do leste da Ucrânia, após as evacuações decretadas pelas autoridades separatistas, informou o Kremlin.
Perante a situação, Putin ordenou que o ministro das Situações de Emergência, Aleksand Chuprian, se deslocasse a Rostov, na fronteira oriental da Ucrânia, para supervisionar as condições de alojamento dos refugiados.
"O presidente russo também ordenou que o governo conceda uma ajuda de 10.000 rublos (cerca de 120 euros)" a cada pessoa refugiada, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Do lado de lá do Atlântico, a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, proclamou a unidade da NATO perante a escalada da crise na Ucrânia e advertiu a Rússia de que os Estados Unidos e seus aliados lhe imporão duras sanções em caso de invasão.
Numa reunião com o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), Jens Stoltenberg, à margem da Conferência de Segurança de Munique, que hoje se iniciou naquela cidade do sul da Alemanha, Harris agradeceu à Aliança Atlântica por “tudo o que tem feito” durante a crise em curso.
“Continuamos, é claro, abertos a e desejosos de diplomacia, no que diz respeito ao diálogo e às discussões que temos tido com a Rússia, mas também nos comprometemos, se a Rússia tomar medidas agressivas, a garantir que haverá graves consequências em termos das sanções que discutimos”, disse Harris a Stoltenberg.
“E sabemos que a Aliança é forte nesse aspeto”, acrescentou.
Harris e os seus principais assessores de Segurança Nacional reuniram-se com Stoltenberg depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, ter alertado na quinta-feira, em Washington, que “todas as indicações” sugeriam que a Rússia estava “preparada para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia”.
Os Estados Unidos estimam que, neste momento, a Rússia tem provavelmente entre 169.000 e 190.000 soldados destacados dentro e junto à fronteira da Ucrânia, muito acima dos cerca de 100.000 a 30 de janeiro, indicou o representante permanente norte-americano na OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), Michael Carpenter.
Além das tropas estacionadas ao longo da fronteira ucraniana, na vizinha Bielorrússia e na península da Crimeia, Carpenter disse que a estimativa inclui forças lideradas pela Rússia no leste da Ucrânia e também unidades de segurança interna destacadas para essas zonas.
Já o primeiro-ministro português defendeu, também hoje, que a União Europeia (UE) deve “explorar até ao limite” as vias diplomáticas com a Rússia, vendo as sanções europeias a Moscovo como “situação limite”.
“O que resulta de essencial dessa reunião [de chefes de Governo e de Estado europeus] não é a ameaça das sanções, é o investimento de toda a UE em explorar até ao limite as vias diplomáticas, por via do diálogo” com a Rússia, afirmou António Costa.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, um dia após os líderes da UE se terem reunido num encontro informal sobre a crise ucraniana, o chefe de Governo português defendeu “diálogo, diálogo, diálogo” com Moscovo e “todos os esforços diplomáticos”, nomeadamente em formatos bilaterais, entre os Estados Unidos e Rússia.
“Não queremos chegar a uma situação limite de ter de aplicar sanções”, vincou António Costa.
Questionado sobre eventual indecisão dos líderes europeus para avançar com estas sanções à Rússia, que podem ser por exemplo financeiras, o primeiro-ministro adiantou que “não há hesitação entre os 27 no empenho de […] assegurar, por via diplomática, o que é necessário assegurar para garantir a paz na Europa”.
As autoridades norte-americanas e europeias estão em alerta máximo para quaisquer tentativas da Rússia para criar um pretexto para uma invasão da Ucrânia.
Os responsáveis estão preocupados que o aumento dos bombardeamentos na região de Donbass, a parcela de território do leste ucraniano onde separatistas apoiados por Moscovo combatem há oito anos forças do exército de Kiev, possa ser usado pelo Kremlin como pretexto para lançar uma ofensiva sobre a Ucrânia.
A Rússia e o Ocidente trocaram nas últimas semanas propostas sobre a arquitetura de segurança na Europa, com o objetivo de desmantelar a crise em torno da Ucrânia.
Entre as suas exigências em matéria de segurança, Moscovo quer uma retirada das forças norte-americanas da Europa central e de leste e dos Estados bálticos.
A maioria das propostas russas foi desde logo considerada inaceitável pela NATO, a União Europeia e os Estados Unidos.
Antigas repúblicas soviéticas, a Lituânia, a Estónia e a Letónia advertem regularmente contra qualquer compromisso com a Rússia.
O leste da Ucrânia foi hoje alvo de novos bombardeamentos, de cuja autoria o exército ucraniano e os separatistas pró-russos se acusam mutuamente.
A Rússia, que nega qualquer projeto de invasão, enquanto simultaneamente exige a retirada da NATO da Europa de Leste, é considerada o patrocinador militar e financeiro dos separatistas do leste ucraniano.
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