Foram descobertas mais valas comuns na Ucrânia. E agora?

O que aconteceu hoje?

A presidência checa da União Europeia quer que se crie um tribunal internacional para julgar crimes de guerra. Isto porque foram descobertas mais corpos em valas comuns nas proximidades de Izyum.

"Somos favoráveis a que todos os criminosos de guerra sejam punidos. Peço a criação rápida de um tribunal internacional especial que puna o crime de agressão", declarou neste sábado pelo Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Jan Lipavsky.

Mas o que se passou?

Como aconteceu em Bucha e noutras localidades na Ucrânia previamente ocupadas pelas tropas russas, quando as forças de Moscovo batem em retirada perante as ofensivas ucranianas, deixam um rasto de morte — onde pontuam cadáveres enterrados ou nem isso, alvo de tortura e/ou execuções sumárias. Tal foi o caso desta cidade no leste do país, na região de Kharkiv.

Ao todo, foram encontradas quase 450 sepulturas na área de Izyum, onde "99% dos corpos exumados tinham sinais de morte violenta", como denunciou o governador regional de Kharkiv, Oleg Sinegubov.

A descoberta macabra provocou volta a levantar o tom e a provocar uma onda de indignação no Ocidente.

De quem?

Dos Estados Unidos e da União Europeia, à cabeça. "Este comportamento desumano das forças russas  [...] deve cessar imediatamente", declarou em nota o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Já o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que a Rússia se comporta de “forma atroz, e isso vê-se repetidamente de cada vez que a onda russa se retira de partes de territórios que ocupou na Ucrânia. Vê-se o que ela deixa no seu rasto”.

De resto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou no seu discurso desta manhã que foram obtidas "novas provas de tortura" nos corpos encontrados em Izyum.

"Já foram encontradas mais de dez câmaras de tortura em várias cidades e localidades libertadas na região de Kharkiv", acrescentou, citando a descoberta de ferramentas de tortura elétrica.

"Isto é o que faziam os nazis. Isto é o que fazem os 'russistas'. E serão responsáveis da mesma maneira, tanto no campo de batalha quanto nos tribunais", prometeu.

"O mundo deve reagir perante tudo isto. A Rússia repetiu em Izyum o que fez em Bucha", afirmou Zelensky, que elogiou o envio de uma equipa da ONU para participar na investigação ucraniana.

A ONU?

Sim, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos revelou nesta sexta-feira que quer enviar uma equipa a Izyum para verificar as alegações ucranianas.

E a Rússia?

Ainda não reagiu, mas, a avaliar pela forma como respondeu às acusações que mereceram as valas comuns em Bucha, espera-se que negue a autoria do massacre e fale em encenação.

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