O Estado comprou hoje 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por 2,49 milhões de euros, passando a deter 95,86% do capital da agência noticiosa.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considera a compra das ações da Lusa detidas pela Global Media Group (GMG) "uma prioridade absoluta", mas alerta que o Estado "não pode pagar mais do que o preço justo".
O ministro da Cultura espera que o próximo Governo retome a intenção de comprar a agência Lusa, processo que estava em curso e que não foi concluído devido ao atual contexto político.
O Global Media Group (GMG) atribuiu hoje o fracasso da venda das suas participações na agência Lusa a um "processo de permanente interferência política", garantindo que a operação financeira "estava totalmente fechada", com o "acordo expresso" do PSD.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, criticou hoje o Governo PS por não ter avançado com a compra da agência Lusa, sublinhando que tem uma maioria absoluta e não precisa de "consenso alargado".
O processo de compra, pelo Estado, de 45,7% da agência Lusa, pertencentes à Global Media e à Páginas Civilizadas, falhou por "falta de um consenso político alargado", anunciou hoje o Governo.
Os trabalhadores da Lusa concentram-se frente à sede da empresa, em Lisboa, na quarta-feira, em protesto por "aumentos salariais dignos", anunciaram os sindicatos representativos, depois da administração ter feito uma proposta de atualização "bem abaixo do exigido".
A administração e a direção de informação da Lusa condenaram hoje a utilização abusiva do serviço e da imagem da agência num artigo do jornal do partido Chega e está a analisar “todas as consequências” deste ato.
O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador do processo de vacinação contra a covid-19, e Angela Merkel, chanceler alemã nos últimos 16 anos, são as personalidades do ano escolhidas pelos jornalistas da Lusa.
Os quatro chefes de redação da Lusa pediram demissão depois de a diretora da agência ter alterado a direção, com a saída do diretor adjunto Vítor Costa e da subdiretora Margarida Pinto, disse o hoje o Conselho de Redação (CR).
As comissões de trabalhadores (CT) da Agência Lusa e da RTP disseram hoje que "a autonomia editorial da Lusa deve ser defendida contra qualquer reorganização de instalações", que a coloque no "espaço físico" de outra entidade, nomeadamente da televisão pública.
O vice-presidente do regulador dos media reafirmou hoje que considera a compra da participação da Lusa pelo grupo Bel um "assunto grave", mas "na base da legislação atual, a ERC não tem grande margem de manobra" no tema.
O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo sobre a compra de uma participação da Lusa pelo grupo Bel, do empresário Marco Galinha, manifestando "preocupação" com esta operação, disse hoje à Lusa o deputado bloquista Jorge Costa.
O prazo de vigência do contrato de prestação de serviço noticioso e informativo entre o Estado e a Lusa passa a vigorar pelo período de seis anos, em vez dos atuais três, segundo uma proposta do PSD hoje aprovada.
As propostas do BE e do PCP para reforço de verbas na Lusa, no âmbito do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) foram hoje rejeitadas, merecendo o voto contra do PS e a abstenção do PSD, CDS/PP e Iniciativa Liberal.
O secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media afirmou hoje que está a ser analisada "a hipótese de antecipação da indemnização compensatória" à agência Lusa, defendendo que é preciso pensar o que esta deve ser "como elemento estrutural".
A ministra da Cultura afirmou hoje que está "de acordo" com a necessidade de "olhar detalhadamente para situação" da Lusa e referiu que a renovação do contrato por um ano aguarda visto do Tribunal de Contas.
O BE questionou hoje o Governo sobre o "corte inaceitável" no orçamento da agência Lusa, que "vive há demasiados anos numa situação de subfinanciamento crónico", pretendendo saber se o executivo está disponível para reverter esta decisão.
A assembleia-geral da Lusa de hoje para votação do orçamento e plano de atividades foi encerrada a pedido do acionista Estado, aguardando-se agora a convocação de uma nova no prazo de 30 dias, disse o presidente.
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, remeteu hoje para a tutela do Trabalho a questão da integração de 25 jornalistas precários nos quadros da agência Lusa, referindo que espera uma conclusão célere do processo.
Os 25 jornalistas precários da Lusa aguardam há quatro meses o desenvolvimento do processo de integração nos quadros da agência de notícias, referem os órgãos representativos dos trabalhadores, que estranham "as dúvidas" levantadas pelo Ministério do Trabalho.
O Presidente da República afirmou hoje esperar que o processo de integração nos quadros de 25 jornalistas da Lusa “seja um problema de semanas até estar definitivamente resolvido”, admitindo que o caso dos docentes precários é “mais longo”.