Às vezes, apetece ir passar os dias a outro lugar qualquer — nem que seja para escapar às delícias do Carnaval. Assim fizemos, sem saber a surpresa asquerosa que nos esperava...
Todos sabemos que os espanhóis não são muito dados a ouvir línguas estrangeiras: não só dobram tudo o que lhes aparece à frente, como têm uma estranhíssima inclinação para ouvir muita música espanhola.
Hoje já não está na moda falar da Crise. E, no entanto, para lá das crises das notícias ou dos livros de História, há outras crises bem palpáveis e que nunca desaparecem.
É uma homenagem peculiar, eu sei. Mas, neste dia, decidi passear pelas «mães» que se escondem nas línguas do mundo. Não posso chegar a todas, claro — as línguas são mais do que as mães. Posso, no entanto, começar por olhar para o globo, rodar o planeta com o dedo e aterrar do outro lado do mundo...
Às vezes, pomo-nos a conversar e vamos desde o início do universo até à língua dos esquimós — o problema é quando a criança tira da cartola uma pergunta bem mais difícil de responder do que «Qual é o sentido do mundo?».
Há quem fique desesperado: abre o Facebook e vê posts cheios de erros, imagens com citações mal atribuídas, notícias falsas, opiniões que não lembram ao diabo.
Ontem foi o dia das mentiras. Logo, hoje será um dia em que só dizemos a verdade, não é? Aqui ficam umas verdades sobre javalis que se enfiam no meu carro, Donald Trump a falar de portugueses e a ironia, coitadinha, que anda um pouco deprimida.