“Este primeiro lote destas duas cervejas acredito que esteja praticamente já a acabar. Eventualmente, teremos de repetir em breve”, avançou, em declarações à agência Lusa, o responsável pela fábrica de cerveja artesanal Letra, de Vila Verde, Braga.
O desafio partiu do distribuidor da Letra no arquipélago, Azbeer Meet, e o ananás foi uma escolha óbvia.
“Chegámos facilmente ao ananás, quer pela vertente das diferentes plantações de ananás e pelo facto de ser um produto que os turistas visitam e bastante característico dos Açores”, contou Francisco Pereira.
A Gorreana, dona da única plantação de chá da Europa, também se juntou à parceria e a escolha da Letra recaiu no chá preto por ser “mais aromático” e “com notas mais frutadas”.
“As cervejas são efetivamente bastante diferentes do normal. No caso da de ananás, é mesmo um sumo de ananás. É uma cerveja com 4,5% de álcool, muito leve, e tem uma carga aromática e tropical do ananás muito forte. Mesmo a pessoa que não goste de cerveja normal vai gostar desta cerveja. No caso da Gorreana é uma cerveja muito leve, muito neutra, e só se nota mesmo a particularidade de ter aquelas notas mais frutadas da variedade de chá que selecionámos”, salientou o co-proprietário da Letra.
Criada em 2013, a cervejaria minhota já criou cerca de 50 cervejas diferentes e, segundo Francisco Pereira, a procura por cervejas artesanais em Portugal é “cada vez maior”.
Com um primeiro lote de 1.000 litros (3.000 garrafas), a Letra pretende com as cervejas de ananás e chá preto projetar a marca nos Açores, mas também valorizar os produtos açorianos junto do mercado nacional e dos turistas.
“O mercado dos Açores é um mercado pequeno, mas neste momento a Letra tem venda há cerca de um ano, temos cerca de 40 clientes, e é um mercado que está a crescer, principalmente pelo facto de existir cada vez mais turismo nos Açores”, frisou o empresário.
Segundo Francisco Pereira, a Azores Juicy IPA (India Pale Ale) e a Gorreana APA (American Pale Ale) têm despertado a curiosidade nos Açores e a cervejeira está já a pensar em aumentar a produção.
“Cada vez mais espaços estão a adquirir, por serem duas cervejas que os açorianos têm vontade de experimentar, porque são feitas com produtos dos Açores”, salientou.
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