De acordo com o Portal Base, de contratação pública, em julho passado foi assinado um contrato de prestação de serviço entre o ICA e aquela consultora, no valor de 46.150 euros, para a elaboração do plano estratégico para o período 2021-2025.
Este novo plano estratégico – a vigência do anterior terminou em 2018 – está inscrito nas Grandes Opções do Plano 2021-2023, e tem vindo a ser falado há vários meses pela atual tutela da Cultura, liderada pela ministra Graça Fonseca.
Fonte do ICA explicou à agência Lusa que a apresentação da metodologia e calendário de trabalho sobre o plano estratégico deveria ter sido apresentada hoje a vários representantes do setor.
No entanto, a reunião foi adiada, para data a “agendar oportunamente”, a pedido de alguns participantes, por falta de tradução simultânea de inglês para português.
A Olsberg SPI foi fundada em 1992 pelo produtor Jonathan Olsberg e conta no currículo com trabalho de consultoria para, entre outros, a BBC, o Conselho da Europa, o Observatório Europeu do Audiovisual, a Film Commission de Barcelona, os ministério da Cultura da República Checa e do Chile e outras entidades na Austrália, Canadá ou Noruega.
De acordo com as Grandes Opções do Plano, o próximo plano estratégico para o cinema e audiovisual deve ter entre os seus objetivos promover a “produção regular de conteúdos audiovisuais que valorizem e ativem o património histórico” e “a internacionalização, a difusão e a exportação do audiovisual português com vista à circulação no plano internacional”.
Em novembro de 2019, pouco depois de tomar posse, o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, afirmou à agência Lusa que “não é necessário uma revolução” no setor, mas uma estratégia para o desenvolver.
Na altura, Nuno Artur Silva disse que encontrou um setor “com sinais muito positivos, não só do ponto de vista dos filmes que estão em exibição, como do ponto de vista da estabilidade das instituições que estão a trabalhar”.
“Não é necessário uma revolução, nem alteração do que existe. O que é necessário é, a partir do que existe, desenvolver”, disse.
No entanto, nos meses seguintes aconteceu uma pandemia, causada por um novo coronavírus, que afetou a indústria cinematográfica a nível global e com efeitos também no setor em Portugal.
Em maio, numa audição parlamentar, Nuno Artur Ssilva afirmou que os financiamentos ao setor teriam “de ser reavaliados” tendo em conta o regresso a “uma nova normalidade”, por causa da covid-19, e que entre as prioridades estaria um novo plano estratégico para o cinema e audiovisual e transposição da diretiva audiovisual, “que vai criar obrigações para os investidores estrangeiros”.
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