Os encontros arrancam na quinta-feira com várias oficinas de expressão plástica dirigidas a públicos escolares e seniores sobre os poemas de Cesariny, enquanto o dia seguinte começa às 10:30, com a exibição do documentário “Autografia”, de Miguel Gonçalves Mendes, também para um público escolar.
Na sexta-feira há uma “oficina locomovente da poesia”, com coordenação de Isaque Ferreira e participação de João Rios e Rui Spranger, seguindo-se o espetáculo teatral “O meu país é um insuflável”.
No sábado, além das oficinas, há sessões dedicadas a Caderno 16 do Centro Português do Surrealismo, à antologia poética lançada recentemente e a “Mário Cesariny: um rio à beira do rio — cartas para Frida e Laurens Vancrevel”, sendo este último livro apresentado precisamente por Frida e Laurens Vancrevel, Manuel Rosa e Perfecto E. Cuadrado.
Antes do fim do dia realiza-se ainda o concerto “Afinal o que importa não é a literatura”, no auditório da fundação, que detém o legado do poeta e artista plástico do surrealismo português.
Já este mês, a Assírio & Alvim lançou um volume que reúne a poesia de Mário Cesariny, classificado, na edição com mais de 750 páginas, como um “homem livre e luminoso” que encontrou “mil tempos novos para o verbo amar”.
Com edição, prefácio e notas do professor catedrático Perfecto E. Cuadrado, este volume segue a ordem e arrumação “revista e autorizada definitivamente pelo Autor”, que inclui “Manual de Prestidigitação”, “Primavera Autónoma das Estradas”, “Pena Capital”, “Nobilíssima Visão”, “A Cidade Queimada” e “O Virgem Negra”.
Nascido em 09 de agosto de 1923, em Lisboa, Mário Cesariny de Vasconcelos estudou música com Fernando Lopes-Graça e fez parte do grupo que lançou o movimento surrealista em Portugal, do qual se tornou uma das mais influentes figuras.
Morreu em Lisboa, no dia 26 de novembro de 2006.
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