O estudo é da Universidade Vanderbilt, de Nasville, nos Estados Unidos, e os resultados foram apresentados em 20 de agosto no encontro anual da Sociedade Americana de Químicos, em Washington.
A equipa interdisciplinar de investigadores, liderada pelo químico Steven Townsend, descobriu que alguns dos hidratos de carbono presentes no leite humano não só têm propriedades antibacterianas próprias, como potenciam a eficácia das proteínas antibacterianas também presentes no leite.
Isto depois de, no passado, os cientistas terem concentrado as suas investigações na procura da fonte das propriedades antibacterianas nas proteínas.
“Este é o primeiro exemplo de atividade antimicrobial generalizada nos hidratos de carbono do leite humano”, disse Steven Townsend, em declarações para um artigo da Associação Americana pelo Desenvolvimento da Ciência (AAAS, na sigla em inglês).
Acrescentou que uma das “propriedades mais notáveis destes compostos é o facto de serem claramente não tóxicos, ao contrário da maioria dos antibióticos”.
O ponto de partida para este estudo teve a ver com a resistência bacteriana aos antibióticos, um problema crescente e que o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças estima que provoque 23 mil mortes anuais.
A equipa de investigadores começou por procurar diferentes métodos para derrotar a bactéria infecciosa e, “para inspiração”, estudaram uma bactéria específica, procurando perceber se o seu hospedeiro habitual, as mulheres grávidas, produziam compostos que enfraquecessem ou matassem a bactéria, responsável por infeções em recém-nascidos.
Em vez de procurarem por proteínas no leite humano com propriedades antimicrobiais, a equipa de investigadores focou a sua atenção nos açúcares, que são mais difíceis de estudar.
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