“Até há alguns anos, caso fossem publicadas imagens dos nossos avançados equipamentos de mísseis e ‘drones’ [aeronaves não-tripuladas dir-se-ia que eram Photoshop”, disse o líder religioso num encontro com académicos do país.
“Agora dizem quão perigosos são os ‘drones’ iranianos e porque se vendem a este ou àquele”, sublinhou.
Khamenei afirmou que os ‘drones’ “são produto dos melhores talentos do Irão, que honram o país”, juntamente com os satélites, a indústria nuclear, os mísseis e as vacinas que se produzem no Irão.
As afirmações da máxima autoridade religiosa iraniana surgem num momento em que a União Europeia (UE) afirma que o Irão forneceu à Rússia aeronaves não-tripuladas ‘kamikaze’, que utiliza na sua guerra na Ucrânia e que estão a provocar elevados danos nas infraestruturas civis e baixas entre a população.
O Governo iraniano tem negado sistematicamente a entrega de armamento, em particular de drones, à Rússia.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, disse na terça-feira que as afirmações infundadas dirigidas contra o Irão “se baseiam em informação falsa e pressupostos falaciosos, inserindo-se numa atmosfera política dirigida pelos ‘media’ de diversos países contra o Irão”.
O diplomata iraniano assegurou que estas afirmações “carecem de base legal e são falsas” e sublinhou a disponibilidade da República islâmica para o “diálogo e negociações com a Ucrânia para terminar com as ambiguidades”.
No entanto, a UE decidiu sancionar nas próximas horas o Irão pela alegada entrega de ‘drones’ à Rússia.
Os embaixadores dos países-membros da União preveem alcançar entre a noite de hoje e a manhã de quinta-feira um acordo político sobre uma lista de sanções dirigidas a novos responsáveis iranianos e relacionadas com o fornecimento à Rússia destas armas, indicaram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa EFE.
Hoje, a Comissão Europeia assegurou ter recebido “provas suficientes” de que o Irão proporcionou à Rússia os ‘drones’ utilizados na Ucrânia, justificando desta forma a “rápida” preparação de novas sanções contra Teerão.
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