Em conferência de imprensa, o advogado João Araújo disse que o Ministério Público, na acusação do processo ‘Operação Marquês’, “não procurou a verdade” e que, no caso dos crimes de corrupção que lhe são imputados, “são escassíssimos e insubsistentes” os factos que serviram para deter o ex-primeiro-ministro.
“Não se tratou de buscar a verdade, antes de procurar a incriminação do nosso constituinte, enquanto o expunha a uma espécie de julgamento mediático, a uma violenta campanha de difamação e a uma condenação sumária na opinião pública”, acusaram os advogados.
Os causídicos nada disseram sobre um possível pedido de abertura de instrução, justificando que a acusação é longa e que ainda não tiveram tempo de a analisar.
Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.
Numa primeira reação à acusação hoje divulgada, a defesa de José Sócrates assegurou em comunicado que vai examinar detalhadamente o despacho do Ministério Público contra o ex-primeiro-ministro na Operação Marquês e que irá "usar todos os meios do direito para derrotar" uma "acusação infundada, insensata e insubsistente".
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