O acordo está a ser avançado pelo jornal espanhol El Mundo.
De acordo com a publicação, o jogador estará disposto a pagar 14 milhões de euros ao fisco espanhol e a declarar-se culpado nos quatro crimes de delito fiscal que lhe são imputados.
Esta é a primeira proposta apresentada pelo capitão do Real Madrid às Finanças espanholas.
De acordo com o El Mundo, no caso de não chegar a um acordo e o jogador ser condenado, a quantia reclamada poderia aumentar, no pior dos cenários, para seis vezes mais do montante alegadamente defraudado, cerca de 100 milhões de euros.
O internacional português do Real Madrid é acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
Na base da acusação estão os direitos de imagem do jogador português, ao serviço do Real Madrid desde 2009, e que, desde 1 de janeiro de 2010, é considerado residente fiscal em Espanha.
O caso tornou-se público no âmbito da investigação da ‘Football Leaks’, levada a cabo por uma rede internacional de órgãos de comunicação social (EIC), liderada pelo alemão Der Spiegel e da qual faz também parte o espanhol El Mundo.
Quando foi ouvido em 31 de julho do ano passado no tribunal de Pozuelo de Alarcón, Ronaldo afirmou que “nunca” ocultou rendimentos nem teve “intenção de fugir aos impostos”.
O português sublinhou que o fisco conhece todos os seus rendimentos porque nunca escondeu “nada, nem intenção de fugir aos impostos”.
Cristiano Ronaldo pediu na altura que se “deixe trabalhar a justiça”, na qual acredita e de quem espera “uma decisão justa”, dizendo ainda que não vai voltar a fazer declarações sobre o assunto até ser proferida uma sentença.
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