“Creio que vamos ter um grande êxito. Vamos falar de comércio. Obviamente que vamos falar da Coreia do Norte”, afirmou Trump aos jornalistas antes da partida, ainda em Washington. Também ainda antes de partir, o Presidente anunciou o alargamento da viagem por mais um dia, por forma a poder estar presente na reunião plenária da Cimeira do Leste Asiático (EAS), a 14 de novembro, nas Filipinas.
Apesar de chegar hoje ao Japão, a agenda oficial de Trump em Tóquio começa na segunda-feira, com uma série de reuniões bilaterais, uma partida de golfe com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe e uma visita à família imperial japonesa. Trump também se desloca à base aérea de Yokota, para falar com tropas norte-americanas ali estacionadas.
Trump e Abe também deverão reunir-se com “familiares de japoneses sequestrados pelo regime norte-coreano”, indicou um responsável norte-americano, citado pela agência EFE.
As “provocações” do regime de Pyongyang, fundamentalmente os ensaios nucleares e de mísseis, deverão dominar as conversas no Japão e na Coreia do Sul, onde Trump estará na terça e quarta-feira.
No decorrer da visita à Coreia do Sul – que coincide com o primeiro aniversário da vitória de Trump nas eleições americanas – o Presidente dos EUA estará num jantar de Estado com o presidente Moon Jae-in e fará um discurso na Assembleia Nacional (Parlamento sul-coreano).
No seu primeiro discurso na assembleia-geral da ONU, Trump ameaçou “destruir totalmente” a Coreia do Norte caso o regime de Pyongyang continuasse a ameaçar os EUA ou os seus aliados.
Trump não visitará a zona desmilitarizada que divide as duas Coreias, mas viaja a Camp Humphreys, uma base militar norte-americana 70 quilómetros a sul de Seul.
O Presidente norte-americano aterra na China na tarde de quarta-feira. Apesar de a ameaça norte-coreana estar em cima da mesa na reunião com os dirigentes chineses, o outro foco da conversa será a relação comercial bilateral.
Trump terá como prioridade pressionar o gigante asiático no sentido de tornar mais “justa” e equilibrada a relação comercial com os Estados Unidos.
A partir de dia 10, Trump participa no Fórum de Cooperação Económica da Ásia-Pacífico (APEC), em Da Nang (Vietname). Já nas Filipinas, o Presidente dos EUA participa primeiro na Cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e depois na EAS.
A Casa Branca realçou que Trump pretente sublinhar o compromisso dos EUA para com toda a região do Índico-Pacífico, sobretudo após a sua decisão de afastar os Estados Unidos do Tratado de Associação Transpacífico (TPP).
No decorrer da APEC, Trump poderá manter uma reunião bilateral com o Presidente russo, Vladimir Putin – que também estará presente na cimeira -, mas até ao momento não está marcado qualquer encontro entre os dois.
Este périplo internacional será o mais longo realizado por um Presidente dos Estados Unidos desde 1992, na altura com o presidente George H.W. Bush. Essa visita ficou conhecida porque Bush ficou doente e vomitou em cima do primeiro-ministro japonês, no decorrer de um jantar oficial.
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