Variante contagiosa do Mpox está na Europa. O que fazer em casos suspeitos?

Beatriz Cavaca
Beatriz Cavaca

A agência de saúde pública da Suécia registou o que diz ser o primeiro caso de uma nova variante contagiosa de Mpox fora do continente africano, horas depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o surto em partes de África era agora uma emergência de saúde pública global.

Ao dia de hoje, sabe-se também que pelo menos 548 pessoas morreram na República Democrática do Congo com esta doença.

Neste contexto é importante saber o que fazer no caso de se ter contacto com um caso suspeito ou mesmo sendo um caso suspeito.

O que fazer num caso suspeito, provável ou confirmado?

Segundo o site do SNS, perante um caso suspeito, provável ou confirmado, é emitido o certificado de incapacidade temporária (CIT) para o trabalho pelo médico e implementam-se as seguintes medidas:

  • Isolamento domiciliário e distanciamento físico até à resolução das lesões (queda das crostas) ou exclusão da infeção (se caso suspeito ou provável);
  • Evitar contactos físicos próximos (coabitantes e familiares próximos), pele-com-pele ou pele com mucosa, incluindo contactos sexuais, até resolução das lesões (queda das crostas);
  • Privar-se de permanecer no mesmo espaço se coabitar com crianças pequenas, grávidas e pessoas imunodeprimidas
    lavagem e/ou higienização frequente das mãos;
  • Não partilhar objetos e utensílios de uso pessoal, vestuário, roupas de cama, atoalhados (e outros têxteis) e superfícies do espaço doméstico;
  • Lavar o vestuário e têxteis com água quente e detergentes habituais, ou, quando possível, numa máquina de lavar (> 60⁰ C), utilizando um ciclo de lavagem prolongado;
  • Limpar as superfícies duras com detergentes com cloro e deixar secar ao ar;
  • Alertar as pessoas que foram contactos próximos desde o início dos sintomas, para possíveis sinais e sintomas. Na eventualidade de os contactos desenvolverem sintomas, devem observar as precauções acima recomendadas e procurar cuidados de saúde, nomeadamente através do SNS 24 – 808242424;
  • Evitar contacto próximo com animais domésticos e outros animais, em especial, roedores;
  • Em caso de necessidade de deslocação a uma unidade de saúde, o doente deverá utilizar máscara facial e cobrir as lesões, o mais possível, com vestuário;
  • As medidas de isolamento de caso suspeito ou confirmado devem ser mantidas até queda das crostas de todas as lesões, que se estima ocorrer entre 2 a 4 semanas.

Como é feito o diagnóstico do Mpox?

O diagnóstico da doença envolve:

  • Avaliação clínica, com identificação de sinais/sintomas não explicados por outras causas e sugestivos da infeção e contacto com um caso provável ou confirmado de infeção humana pelo vírus ou história de relações sexuais com múltiplos/as parceiros/as, ou em anonimato, nos 21 dias que antecederam o início de sintomas;
  • Pesquisa do vírus Monkeypox para confirmação laboratorial por: zaragatoa com exsudado da ferida ou fluído vesicular ou pustular, zaragatoa orofaríngea, amostra de sangue e ,se justificado, zaragatoa anorretal.

O que é considerado um contacto físico próximo?

É considerado contacto próximo alguém que refere ter sido exposto diretamente a:

  • Lesões cutâneas, mucosas ou a fluidos corporais (sangue, urina, fezes, vómito, expetoração, entre outros) materiais, utensílios ou objetos contaminados;
  • Partilha do mesmo espaço físico que não garanta afastamento físico superior a 1 metro de distância com caso suspeito, provável ou confirmado, sem proteção adequada.

Quem tem maior risco de ficar infetado?

Os contactos próximos, ou seja, as pessoas que interagem de forma próxima com alguém que está infetado, são as que têm maior risco de adquirirem a infeção, nomeadamente pelo risco de exposição:

  • Parceiros sexuais
  • Coabitantes: por partilha de ambiente e dos seus materiais, utensílios e objetos de uso pessoal
  • Cuidadores: sem equipamento de proteção individual adequado ao nível de exposição profissionais de saúde.

Outros contactos prolongados ou de alto risco podem incluir contactos próximos por:

  • Viagens prolongadas, com 8 ou mais horas de duração;
  • Partilha de utensílios ou outro equipamento pessoa;
  • Ferimentos por objetos cortantes quando o contacto não seja de um profissional de saúde.

Existe uma vacina para prevenir a infeção pelo vírus Mpox?

Sim. A vacina disponível consiste numa vacina de terceira geração contra a varíola. Neste momento, são elegíveis para vacinação segundo o site do SNS:

  • Grupos com risco acrescido por infeção humana pelo vírus Monkeypox, em contexto de vacinação preventiva
  • Pessoas que tenham tido contacto próximo com um caso confirmado de infeção, isto é, em contexto de vacinação pós-exposição ao vírus.

Jornais do dia

  • Visão

    Visão

    22 Agosto 2024
  • Sábado

    Sábado

    22 Agosto 2024
  • Correio da Manhã

    Correio da Manhã

    15 Agosto 2024
  • Jornal de Negócios

    Jornal de Negócios

    15 Agosto 2024
  • Record

    Record

    15 Agosto 2024
  • Le Figaro

    Le Figaro

    16 Agosto 2024
mookie1 gd1.mookie1