“Julgo que pelo menos se deveria iniciar um esforço conjunto para determinar os parâmetros gerais da paz. Neste aspeto, apoiamos em princípio o plano de paz de dez pontos proposto pelo Presidente ucraniano”, disse Erdogan numa mensagem vídeo enviada à cimeira dos Balcãs ocidentais que hoje decorre em Tirana e com a participação de Zelensky.
O plano, proposto no final de 2022 por Kiev, prevê a retirada de todas as tropas russas de território ucraniano, a restauração das fronteiras internacionalmente reconhecidas e o estabelecimento de um tribunal para julgar os crimes de guerra russos.
Na capital da Albânia, Zelensky acentuou a necessidade de receber dinheiros e armas para o Exército ucraniano e sugeriu aos países balcânicos iniciativas para fabricar mais munições, mas com Erdogan a insistir na importância das negociações.
“Mantenho a minha opinião de que é necessário dar uma oportunidade à diplomacia e ao diálogo para terminar a guerra com uma paz justa e duradoura. É crucial utilizar canais diplomáticos de máximo nível para alcançar esse objetivo”, disse o Presidente turco.
Recordou ainda que a Turquia “apoia a independência, soberania, segurança e integridade territorial da Ucrânia”, aludiu às suas numerosas tentativas de mediação entre Kiev e Moscovo e demonstrou disponibilidade para retomar as negociações realizadas em março de 2022 em Istambul, sem resultado.
Erdogan também invocou a reativação do acordo de exportação de cereais a partir de portos ucranianos, negociado com envolvimento turco e suspenso pela Rússia em julho de 2023, e assinalou que se mantém em contacto com as Nações Unidas “para uma nova regulação, com compromissos de segurança no Mar Negro”.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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