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Ana Pires: “Para já o espaço não pertence a ninguém, mas começamos a ver nomes que estão na iminência de se reivindicar como donos do espaço”
Foi a primeira mulher portuguesa a completar com sucesso o curso de cientista astronauta no âmbito do projeto PoSSUM, um programa apoiado pela NASA e que prepara astronautas para voos suborbitais. É com ela, que já vestiu um fato de astronauta, que vamos falar sobre as novas fronteiras do espaço e p -
Pedro Góis: "Ninguém pode dizer 'eu sou um português puro'. Se integrarmos essa ideia, talvez consigamos estar mais perto de acabar com o racismo e a xenofobia"
Pedro Góis não é mágico mas tem uma espécie de bola de cristal, como gosta de dizer a brincar. Porque é demógrafo e, como ele próprio diz, "a previsibilidade é muito fácil na demografia - talvez seja mesmo das ciências sociais aquela em que trabalhando com números que já existem, prever o futuro não -
Tiago Pitta e Cunha: "Os oceanos andam a salvar-nos a pele há 200 anos, mas hoje em dia começam a já não conseguir salvar-se a eles próprios"
Esta foi uma conversa em que se falou muito de peixe - ou não fôssemos grandes campeões no consumo de peixe em Portugal, com mais de 60 quilos per capita por ano. Se é inegável a ligação ao mar "pela barriga", já a visão mais romântica de "país do mar" é mais ideia feita do que outra coisa. Tiago Pi -
Namorar, tirar a dor e fazer sonhar. O futuro das lojas vai passar por aqui
Online ou offline, fazer compras é, além de uma necessidade, cada vez mais uma experiência. E as marcas estão cada vez mais conscientes disso, quer vendam sabonetes ou tecnologia. Da forma como se entretém clientes na fila de espera à luz que melhor ilumina os objetos que se vendem, das reviews ao a -
Indústria 4.0. "Daqui a 2, 3, 5, 10 anos vamos ter profissões que hoje nem imaginamos"
As pessoas certas e as competências certas — algumas das quais ainda nem sequer sabemos quais são. A indústria 4.0 coloca um desafio não apenas tecnológico, mas humano às empresas. E a inovação não se faz de cima para baixo, é preciso colocar empresários, professores e políticos a falar a mesma líng -
Vamos ser dominados pelas máquinas? "Estamos muito longe do dia do julgamento, como no Terminator"
Tem havido "muito burburinho à volta da inteligência artificial", mas estamos longe de uma "supremacia robótica" em que o humano corre o risco de ser dominado pela máquina. Mas as preocupações estão lá — e ainda bem. Esta é a primeira revolução que somos chamados a discutir em tempo real e as possib -
Vai ser tão estranho para os mais jovens usar dinheiro como fazer chamadas num telefone de disco
"Os bancos tradicionais estão ensanduíchados entre as fintech e as bigtech", que é como quem diz entre as novas plataformas de serviços financeiros — mais leves, mais ágeis, que depressa conquistam (grandes) nichos, como aconteceu com a Revolut — e as gigantes tecnologias como a Apple, a Google ou o -
"As pessoas querem que as façamos rir. A partir do momento em que isso deixar de acontecer, vão ouvir outra pessoa"
Simples. O humor pode mudar mentalidades, mas não é o seu primeiro objetivo. Tem graça? É para avançar. Mas vale tudo? "Acho que se pode procurar ter uma sociedade mais justa sem que o humor deixe de existir", responde Manuel Cardoso. Isso não é censura? "A comédia é tudo menos uma torrente direta d -
Antigamente as pessoas gostavam de andar de joelhos esfolados e a brincar com paus? É porque não estava a dar nada de jeito na televisão
As pessoas veem muito mais televisão tradicional do pensam (ou assumem). Há uma "trepidação, uma alegria" que a Netflix não consegue replicar. Esse é o segredo da sobrevivência, diz-nos Pedro Boucherie Mendes. Sim, há novos players no mercado e o futuro pode passar também por um "abasteça aqui o seu -
“A tecnologia entretém muita criança. Para que é que nos vamos estar a preocupar com regras?”
Aos cinco anos eles já dominam as plataformas tecnológicas como ninguém, mas "ainda tenho pais a dizer que o computador e o telemóvel são para estudar. Isso é um mito”, sentencia Ivone Patrão, psicóloga, especialista em dependências online. A tecnologia não nos faz mal à cabeça: entretém, aproxima, -
"Sabes o que é que também estraga o ritmo de jogo? Jogadores a fingirem lesões e a discutirem com o árbitro"
Imaginar o futuro do futebol sem "o melhor jogador de todos os tempos" não será fácil, mas não falta talento em Portugal e — por maiores que sejam os sapatos a calçar (ou as chuteiras) — João Félix está em linha para ser a próxima grande marca, diz Pedro Pinto. Mas não chega, os clubes "têm de parar -
"A pior doença que uma pessoa pode ter é ser pobre"
A igualdade no acesso à saúde é "inegociável" para Céu Mateus, professora catedrática da Universidade de Lancaster e especialista de Economia da Saúde. Mas que saúde será essa? Implicará escolhas, não começa na sala de espera do hospital e será definida mais pelos valores que defendemos do que pelo -
“Ok, eu mostro, mas não a cara”. Os novos códigos de relacionamento na era das redes sociais
Eu confio porque amo. A premissa é sempre a mesma, face a face ou à frente de um ecrã. Mas as famílias já não são iguais, há novas formas de viver a intimidade, o consentimento é palavra-chave ou palavra-travão e a violência também assume outros contornos. Não há problema nenhum em cair de amores na -
"O medo é terra fértil e é preciso muito pouco para que ele cresça"
Todos os processos de mudança trazem desconforto e o medo precisa de pouco para crescer. É "terra fértil", diz-nos Pedro Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal. Mas, otimista ou utópico, acredita numa sociedade multicultural, respeitadora da diferença, onde os direitos humanos sã -
Já imaginou sair de um prédio em chamas a marcar passo? Mudar tem um custo, não fazer nada também.
As alterações climáticas não são um problema de ursos polares, são um problema das pessoas, custam vidas, não há nelas uma dimensão de justiça e são incontornáveis — para bem e para o mal, há um preço a pagar. Quem o diz é Diogo Silva, ativista, um dos rostos da greve climática em Portugal.