Lembrando que já apoiava a Ucrânia com equipamento militar proveniente dos seus próprios ‘stocks’ e diretamente da indústria, o chefe do executivo norueguês, Jonas Gahr Støre, disse, em comunicado, que hoje decidiu “contribuir ainda mais, com 1,6 mil milhões de coroas norueguesas, para uma iniciativa liderada pela República Checa, para garantir as tão necessárias munições de artilharia à Ucrânia o mais rapidamente possível”.
O Presidente checo, Petr Pavel, anunciou hoje que a Ucrânia poderá receber dentro de algumas semanas 800 mil projéteis de artilharia adquiridos a países terceiros como parte da iniciativa financiada por uma coligação de 18 nações.
Com outros parceiros da NATO, incluindo a Dinamarca e o Canadá, a República Checa detetou meio milhão de munições calibre 155 e 300 mil munições calibre 122, que estavam disponíveis em países terceiros.
Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, França, Alemanha, Lituânia, Países Baixos, Noruega e Suécia estão entre os países contribuintes.
De acordo com o jornal Financial Times, a coligação de 18 países precisou de angariar 1,3 mil milhões de euros para financiar esta compra.
O Governo de Oslo indicou hoje que cerca de dois mil milhões de coroas (175 milhões de euros) já tinham sido anteriormente alocados para aumentar a capacidade da indústria de defesa norueguesa, dos quais mil milhões serão utilizados para medidas específicas para alcançar maior produção de armamento.
“A Ucrânia tem uma necessidade premente de grandes quantidades de munições de artilharia e esperamos que o apoio norueguês e europeu à iniciativa checa ajude a Ucrânia a receber grandes quantidades de novas munições o mais rapidamente possível”, comentou o ministro da Defesa, Bjørn Arild Gram, citado no comunicado.
A União Europeia comprometeu-se a entregar um milhão de projéteis a Kiev até março, mas apenas 30% deles foram entregues, segundo as autoridades ucranianas.
De acordo com dados compilados pelo Instituto Kiel sobre apoio público à Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, e até outubro do ano passado, a Noruega está entre os cinco maiores doadores bilaterais de Kiev, com cerca de 7,5 mil milhões de euros, metade em apoio militar.
A Noruega faz igualmente parte da coligação internacional de formação de pilotos e técnicos ucranianos em caças de combate F-16 e é um dos quatro países que já prometeu fornecer estes aparelhos à Força Aérea de Kiev.
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