"A história do mundo acontece assim, quando as pessoas, motivadas por uma ideia, se juntam para a concretizar", diz João Nascimento, o português que, através de um tweet, criou uma plataforma que pretende resolver o problema da escassez de ventiladores nos hospitais.
A culpa também não é (só) dos jornalistas. É principalmente nossa, quando não prestamos a devida atenção ao que acontece no mundo e que damos como certo aquilo que os media nos mostram.
Não creio que tenhamos, todos, de virar veganos, mas sei que tudo apela ao consumo, algo que sim, precisamos refrear, aproveitando o que já temos e recorrendo a formas diferentes de fazer as coisas, recuperando práticas simples, evitando reciclar. Como assim, evitando reciclar, essa prática que nos
Nesta cultura do Eu, anónima e solitária, estamos demasiado preocupados com a forma como os outros nos percebem. Focamo-nos no irreal, definimos expectativas e metas inalcançáveis, ignorando o verdadeiro valor daquilo que se tornaram os pormenores da vida e que são, na verdade, aquilo que a vida tem
O mundo, como o conhecemos, está a implodir e nós continuamos preocupados com a superficialidade do dia-a-dia, as pequenas ofensas e as grandes conquistas. A nossa vida. Sabemos, contudo, que o mundo está em turbulência e quase nos obrigamos a estar gratos por aquilo que temos, porque sabemos que ou
A voz de Greta Thunberg tem chegado a todos os cantos do planeta, mobilizando outros jovens e a greve de sexta-feira foi o corolário do grito de Ipiranga de uma geração habituada a ter tudo e preocupar-se com nada. Têm todos os defeitos do mundo, dizem, e têm o mundo na palma das mãos.
Dizem-nos para poupar água, evitar utilizar o plástico, mas ninguém nos diz, exactamente, o que fazer ou o impacto que medidas pequenas e individuais podem ter na sustentabilidade do nosso planeta.
Comecei a escrever este texto há poucos dias, sentada numa loja Ikea. Tinha muito pouca bateria no telefone, sem forma de o carregar. Agarrei no caderno que sempre me acompanha e comecei a escrever. Paradoxalmente, sobre o que mudou na tecnologia e no nosso estilo de vida nos últimos dez anos. Se o
Há dias fui às compras. Crucifiquem-me. Entrei numa Zara, fiz compras, cheguei a casa e percebi que precisava de trocar e devolver algumas peças. Foi então que descobri que os sacos pretos de plástico que Zara distribui nos saldos, quando entregues na loja (por devolução ou troca do produto), vão pa
Olá. Provavelmente não sentiram a minha falta mas há várias semanas que não escrevia. Decidi fazer uma pausa para uma experiência e estive seis semanas sem ler notícias. Acreditem, infelizmente, não lhes senti a falta e ainda achava que estava informada. Não estava.
Quando nos anos de 1960, McLuhan escreveu que o nosso sistema nervoso estava globalmente interligado, num contexto que abolia o tempo e o espaço, cunhou um termo que serviu, durante muito tempo, para designar o mundo em que vivíamos: a aldeia global. Contudo, esta aldeia não é tão global quanto pens
Antigamente, quando o Facebook era o café da esquina e o Instagram a rua direita de cada vila, as notícias corriam lentas e as modas demoravam a serem substituídas. Sabíamos o que ouvíamos na rádio, repetido nos jornais e, à noite, no telejornal. Reconhecíamos rostos e vozes, nomes que associávamos
Portugal é um país repleto de pequenos episódios de admirável comédia. Era assim no tempo dos Reis e das Rainhas, mantém-se a tradição que não ousamos abandonar. Vivemos na eterna dúvida se D. Sebastião volta, na saudade do Salazar misturada com a inspiração dos tempos de Abril, e na aparente certez
Por vezes não vale a pena insistir porque o trabalho não flui. Esta liberdade tem um preço e resulta de uma escolha, a mesma que tantas pessoas dizem ser a escolha que as faz feliz: entre o dinheiro e a liberdade, poder escolher esta última.